A Fúria do Cão Negro.
Quando as expectativas se concretizam, e muito
positivamente.
O livro A Fúria do Cão Negro de Cesar Alcázar, é uma leitura
encantadora e rápida. Cliché dizer que prende do início ao fim, mas é a
verdade. Lido em dois dias (não consecutivos, por problemas de tempo, pessoais),
ele é repleto de ação, sem aquela perspectiva exagerada e excessiva de uma
mesma cena expandida a exaustão, e sim, sequenciais batalhas que levam a
conhecer a fúria do personagem em sua sede de vingança, e também sua história.
O destaque vai para o personagem secundário Sean. Um fora da
lei que não vê tanto glamour no seu modo de vida, também um trovador e um poeta.
Ele traz, assim como Sancho à Quixote, a humanidade ao mercenário e a história, principalmente quando a reflexão fala mais alto que a adrenalina e as emoções vindas com o sangue e a futura vitória.
Uma crítica ferrenha a estruturação de poder político e
religioso perpassa a história, assim como a descoberta do real vilão, o
fanatismo.
Há ainda um pouco de amor, nada romanceado, mais de uma
devoção sincera e real, o que motiva em si as escolhas do personagem durante a
história.
Difícil, no entanto, é recuperar o folego depois da leitura.
O livro chega e vai embora de uma vez, deixando uma marca feito um soco no
estômago. Uma obra que mescla história gaélica, mitologia e muitas doses de
sangue, deixando um gosto enorme de “quero mais”.
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